quinta-feira, 4 de novembro de 2010

#6 Um olhar


.     Naquela tarde de quinta-feira Clarice se sentia entendiada. Havia feito 6 anos a duas semanas e não se sentia nada maior. Aliás, se sentia só maior para os lados. Desde que sua mãe resolveu lhe dar uma irmãzinha, Clarice começou a se sentir escanteada, com todas as atenções na irmãzinha bonitinha e ela nada; por isso se esvaia comendo, havia engordado 5kg já e sabia que devia parar.
.     Nada poderia explicar como Clarice estava se sentindo naquele momento. Ela sabia que havia algo de extraordinário para acontecer em sua vida, mas ainda não sabia definir o quê; somente o tempo a faria compreender. Sua vida andava quase que na mesma, mesmo sendo ela uma menina muito avançada para sua idade, ainda assim, sentia vontade de brincar de casinha, de boneca, de correr, pular, gritar, dançar.
Clarice não foi e nunca seria uma criança hiperativa, mas apenas uma criança normal.
.     Se por um lado Clarice se sentia triste, amoada, sem nenhum tipo de atenção por parte da família; na escola estava se saía muito bem. Ela praticava esportes como ninguém. Sua mãe até brigava com ela por passar na rua jogando bola e andando de bicicleta, mas ela não se importava, sabia que era só ralhação de mãe. Clarice era fora de sério no quesito futebol/volêi e já se destacava desde cedo das demais. Ela tinha futuro.
.     Eram 16:05 da tarde e a professora do 1º ano já anunciava a "educação física", aquele alvoroço na turma, e Clarice sentia, firme, pulsante em seu coração que aquela era a hora, não sabia de quê, mas que algo muito legal aconteceria.
-Profeee!! A senhora vai deixar as meninas jogarem com os meninos ou não?!
-Clarice, nós vamos ter que fazer separado porque os meninos não querem jogar com as meninas.
-Eles não gostam de perder pra gente né, sora!?
.     A declaração sincera de Clarice fez a professora Ana cair na risada:
-É Clarice, você tem razão!
.     Clarice odiava jogar com as meninas porque a Renatinha, uma garota vinda de São Paulo que era muito exibidinha e chatinha, estava sempre reclamando por nada, dando chiliques, etc. o que Clarice DETESTAVA. Ela gostava de jogar com os meninos porque eles eram simples, jogavam e ponto. Não ficavam "ai, você machucou meu pé, sua coisa!"etc, etc. Clarice dava um baile nos meninos e eles odiavam perder para uma garota.
.     Naquele dia, por acaso, uma jogadora do time de futsal da universidade, que era professora das categorias de base, havia chegado naquela hora na escola para divulgar a escolinha e convocar novos atletas. Seu olhar se deteve no jogo de Clarice. Ela não podia negar, que aquela garotinha sabia jogar. Quase não acreditou no que via. Pediu licença e foi falar com Clarice:
-Oi mocinha, tudo bem?
-Tudo sim, e você?
-Olha, eu sou profe da escolinha de futsal da universidade, você não gostaria de participar com a gente?
-Eu? mas eu só tenho 6 anos, o que eu ia fazer lá?!
-Você iria aprimorar o seu jogo, aprender dribles novos, aprender movimentação, essas coisas...
-Ah, isso é legal... Mas antes eu preciso falar com a minha mãe tá?!
.     Clarice deu um beijo na moça e voltou jogar com as coleguinhas. Mariane se encantou com a simpatia da menina, e não podia negar que estava na frente de uma promessa, adorou Clarice logo de cara.

***

.     A primeira coisa que Clarice comentou quando chegou em casa foi sobre a tal escolinha:
-Mas mãe, é muito legal, eu vou aprender a jogar melhor...!
-Clarice, deixa de bobagem, você é uma menina e não um meninho pra andar jogando bola por aí.
-Tá bom, mas não esqueça que a mãe do Ronaldinho dizia a mesma coisa.
-Ele é ele você é você! Pare de frescuras Clarice. Quando seu pai chegar nós conversaremos sobre isso.
-Mãe, por favor, é importante pra mim, e não tem nada de mais, eu vou continuar sendo menina!
-Não discuta Clarice - diz já a mãe irritada - já disse que isso será discutido mais tarde e ponto final.


***

-Claro que você pode Clarice! Sempre quis ter um filho atleta, ainda mais no futebol, poderemos fazer uma dupla imbatível, o que você acha princesa?
-É isso aí pai![famoso gesto do "yes"]
.     O pai de Clarice não se contia em si de felicidade por sua filha se interessar por futebol. Estava radiante, porém a Dona Maria não se agradava muito da história "menina brinca é de boneca!" Mas, se o marido falou, estava decretado, sem revogação. Sabe-se lá o que deve ter passado pela cabeça da mulher quando viu a filha jogando pela primeira vez. E ela tinha futuro mesmo...
.     É, as coisas estavam avançando, para um outro nível... Clarice estava crescendo... Aos poucos mudando... Com certeza o futuro passado de Clarice ainda esconde muita coisa pela frente.



#Continua

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

#5 O Livro


.     Dona Maria não havia revelado á sua filha, mas ela sabia o quê aquele livro exatamente queria dizer. O mais chocante era que tudo era semelhante. Ela tinha um exemplar daquele mesmo livro, o recebera quando tinha quase 7 anos. E o mais aterrorizante, mas ótimo ao mesmo tempo era que, ela o havia recebido daquele mesmo velhinho que Clarice descrevera, com palavras semelhantes:

"Maria, preciso que me escutes,
Mui jovem és, grande mente e sapiência possui,
eu sei, que ainda não é o tempo...
Mas virá o dia em que tu serás parte de minha Família,
desenvolverás para mim grandes projetos,
ensinará a muitos, e será parte de um propósito maior.
Não te intimides, muitos te perseguirão, mas eu a protegerei.
Um livro deixar-te-ei, agora não saberás o que nele se tem,
Aos poucos saberás.
Prepara-te."

.     Essas lembranças vinham à mente de Maria como raios na velocidade da luz. Não poderia ficar mais feliz em saber que sua filha também fazia parte dessa Família. Mas sabia também que deveria instruir muito Clarice quanto á procedência com aquele misterioso livro, pois queria que ela atalhasse caminhos, para não sofrer tudo o quanto Maria sofreu para descobrir a chave de decodificação do livro - que era muito simples, diga-se de passagem - E pular etapas dolorosas que não eram necessárias.
.     Ficou muito feliz, pois sabia que tudo fazia parte do Propósito. Mas, enquanto o dia de cumprimento deste não chegava, Maria preocupava-se com coisas rotineiras, e de absoluta certeza, sabia que também seria a professora de Clarice.

***

.     Observava a pequena, sentada no chão do quarto, cantarolando e brincando com seus brinquedos com a ingenuidade que só uma criança tem, e divagava: "É minha filha, temos muito que caminhar!".
.     O sorriso espontâneo, infantil de Clarice fez Maria sentir uma paz tão grande, que tinha a certeza, sua filha teria tudo no tempo certo. Naquela época em que viviam, nada era muito fácil, João e Maria não viviam na pobreza, mas também não eram ricos. Nunca faltou nada para a família, a alegria sempre foi um grande marco daquelas pessoas; Mas não gozavam de uma vida folgada.
.     As coisas ao menos estavam bem. Agora Maria pensava por onde começar, afinal, Clarice superava sempre suas expectativas no quesito Rapidez racional. Sabedoria era algo que Maria teria de ter de sobra para ensinar corretamente as coisas que podia, aquilo era tudo muito complicado e muito simples ao mesmo tempo. E era pela complexidade de tudo isso, que Maria se sentia atraída e motivada, certamente que era algo para poucos, ela era privilegiada.


#Continua.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

#4 A Visita



.    Clarice tomou um banho bem tomado, passou o perfume que tinha ganhado do seu tio Sérgio, vestiu o seu vestido mais bonito, e pediu para sua mãe Maria arrumar um laço rosa no seu cabelo, para combinar com seu vestido lilás. Sua mãe fez menção de perguntar o porquê de toma a arrumação já que seria apenas um jantar entre amigos, mas achou melhor nem discutir com a filha, sabia que não venceria:
-É porquê eu quero me vestir bem mamãe, faz tempo que a gente não sai, eu estava com saudade de usar esse vestido.
-Tá bom Clarice, me mente mais, eu sei que é por causa do Victor.
-Não é! Ele é um bobão, eu só quero usar esse vestido e pronto.
-Então veremos...
.    E não era mesmo. Clarice odiava Victor, filho de Mariana, amiga de sua mãe. Era um menino metido que sempre queria se sobressair sobre os outros em todas as brincadeiras. Clarice as vezes pensava como uma mulher tão simpática e simples como Mariana teve um filho tão arrogante e cheio de si. Talvez não soube corrigir quando necessário, pensou Clarice.

***

.    Todos na sala de visitas, com o famoso chimarrão típico dos gaúchos tradicionalistas, todos estavam alegres e conversavam além da conta. Até que Maria anunciou que o jantar estava á mesa. Em poucos minutos todos estavam reunidos ao redor da grande mesa de churrascos de seu João, saboreando um delicioso jantar feito pelas mãos de fada de Maria. O casal Sierra adorava receber as pessoas em sua casa, serviam do bom e do melhor para todos, sempre foram muito simpáticos, corretos, o que despertou a inveja de muitos, pois de nada podiam acusar aquele bondoso casal. Os amigos de verdade são poucos, mas são os melhores para a família Sierra; os Schutter, os da Silva e os Okzinsky sempre foram os que estiveram com eles nos momentos bons e ruins, e João e Maria agradeciam a Deus todos os dias por terem amigos como eles.
.     Aquela noite não foi muito agradável para Clarice. Ela queria ter conversado com Martina, sua amiga, mas ela estava doente e não veio acompanhar os Schutter no jantar que a mãe de Clarice preparara. Ela também não estava muito bem, estava com dor de cabeça e foi deitar cedo.
.     Seguidamente Clarice tinha aquele sonho... não sabia o que era. Sempre acontecia assim:

Um senhor velho, de roupa branca sempre a estava observando.
Ela estava em um lugar muito bonito, cheio de flores, borboletas e pássaros e ao lado corria um riacho.
Clarice não podia ver o rosto daquele senhor,
mas sentia que ele era um protetor seu e que ele queria falar algo a ela.
Quando ele se aproximava, algo acontecia e o sonho acabava...

.     Mas aquele dia foi diferente. Aquele senhor de branco não apenas falou com ela, como deu a sentença:

-Clarice, eu estive esse tempo todo cuidando de você. Você sabe, sempre me viu aqui. 
Mas agora eu lhe direi, que tenho algo para você fazer daqui a alguns anos, quero que você se prepare, se esforce, leia tudo que estiver no livro que te deixarei. Não se esqueça de mim nem mesmo por um minuto, eu sempre estarei aqui, quanto você precisar é só chamar.
Você ainda está em tenra idade, mas o que tenho para você é muito grande, e o que te peço para fazeres agora é: estude, leia bastante, construa o seu conhecimento e nunca esqueça o que lhe digo; assim, você vai viver bem, e te mostrarei coisas ocultas que você ainda não conhece.

.    Clarice acordou com o coração aos pulos. Nunca imaginou que aquele velho queria algo com seu futuro, mal acreditava no que tinha acontecido. Aquele sonho foi muito real e as palavras do homem ainda ecoavam como suspiro em sua mente; aquelas palavras a enchiam de felicidade e exultação, mas de medo também. Sabia que agora ela tinha uma missão, e que deveria ser seguida passo a passo. Mas cadê o tal livro que o vôzinho disse? Clarice olhou para a escrivaninha de seu quarto, ficou estarrecida com o que viu, seu rosto empalideceu. O Livro estava ali. Ele tinha um nome o qual Clarice não podia ler, pois fugia do seu entendimento, não tinha dedicatória, e estava dividido em 66 outros livros. Clarice se assustou mais ainda, entretanto seus olhinhos brilharam ao lembrar do que o homem havia dito: "Leia tudo o que estiver no livro que te deixarei". Mal podia acreditar, talvez fosse um sonho.
.     No outro dia logo cedo, sentada á mesa para o café da manhã, Clarice perguntou a sua mãe:
-O mãe, a senhora por algum acaso comprou um livro e deixou na escrivaninha do meu quarto quando eu tava dormindo?
-Não minha filha, o último livro que comprei foi á um mês atrás e eu o dei ao seu pai.
-Ah, bom...
-Por quê? Acordou com um livro na sua escrivaninha? - A mulher riu-se, continuando seus afazeres-.
-Não nada, é que ontem eu tive um sonho, e nesse sonho um homem velho de branco falou comigo e disse pra mim ler um livro que ele ia me deixar, e eu acordei e tinha um livro muito esquisito na minha escrivaninha. Não acreditei, pensei que você o tivesse posto lá.
-Para de historinhas Clarice, virou o Pinocchio agora foi?
-Então olha!
.     Clarice lhe mostrou o livro de capa preta de dimensões 28x14, e na mesma hora Maria parou de rir e ficou muito séria, sem acreditar no que via.
-Deixa eu ver.
-Mas mãe, não adianta, eu ja tentei ler, revirei esse livro e só tem essa escrita esquisita que eu não consigo nem ler mal e mal.
.     A mulher olhou e achou muito esquisito, sentiu um arrepio passageiro e disse:
-Muito cuidado minha filha, isso pode ser perigoso.
-Tá bom mãe.

***
.     Passou-se algumas semanas e nada, Clarice tentou ler de tudo que foi jeito aquele livro mas não conseguiu, colocou de cabeça para baixo, na diagonal e nada. Sentada em sua escrivaninha, onde passava as tardes lendo livros infantis que sua mãe lhe comprava, desde que aprendeu a ler, quando tinha 4 anos; Clarice suspirou:
-Ah senhor-da-roupa-branca! Eu não faço ideia de como ler esse livro, é uma língua que não conheço e não sei como fazer. Me ajude.
.     Na mesma hora, Clarice, folheando o livro, parou em uma página em que havia um trecho escrito em português. Isso mesmo, em português! Clarice não acreditou, afinal parara naquela página muitas vezes e não tinha absolutamente nada escrito em português. Como então... ? O trecho dizia assim:

"Enquanto eu olhava,

Tronos foram colocados,
e um ancião se assentou.
Sua veste era branca como a neve;
o cabelo era branco como a lã.
Seu trono era envolto em fogo,
e as rodas do trono
estavam em chamas.
De diante dele,
saía um rio de fogo.
Milhares de milhares o serviam;
milhões e milhões estavam diante
dele.
O tribunal iniciou o julgamento,
e os livros foram abertos."

.    Clarice não entendeu absolutamente nada do que estava escrito, também pudera. Aquele trecho a encomodou, ela não conseguia entender... Bom, o tempo o faria por si mesmo. Talvez melhor preocupar-se com outras coisas. Clarice fechou o livro e o guardou em seu baú com fechadura, colocando-o dentro de sua gaveta da escrivaninha, guardou a chave, arrumou a cadeira no lugar, apagou a luz e saiu do quarto. "O tempo irá dizer". Clarice sabia que no tempo certo entenderia aquilo e o resto, agora era cedo...



#Continue


sexta-feira, 30 de julho de 2010

#3 Tardes de menina


.     Clarice estava radiante com a nova boneca que acabara de ganhar e que completava a sua coleção de Barbies - O emprego do século, onde cada uma tinha uma profissão, o que fazia ela, mesmo tão pequena, pensar no que queria ser quando crescer. No começo pensou em ser advogada, mas então ganhou a boneca veterinária e já queria ser veterinária... Era sempre assim, ganhava uma boneca nova e pronto, trocava de "emprego" rapidinho. Mas aquela boneca era especial, era escritora, e, Clarice curiosa como sempre perguntou:
-Vovó, o quê uma escritora faz?
-Ela escreve livros, meu bem. Iguais aquele que a vovó lê para você antes de ir dormir.
-Sério? Eu quero ser escritora então vovó...
.     Dona Elizabeth pensou que, se a neta herdasse a determinação de sua mãe, ela com certeza seria escritora mesmo. Adorava a ideia de ter uma neta escritora e se divertia muito quando lembrava das caretas que ela fazia quando se referia ás suas histórias, de como seriam. "Ah vovó, vão ser as melhores, a senhora duvida?"
.     Clarice nem sabia direito o quê ela escreveria em seus livros no futuro, mas ela simplesmente não parava de pensar naquela profissão, era algo muito especial para ela e ficou fascinada com a possibilidade de escrever histórias, que ela tanto gostava; mal sabia ela o que o tempo lhe aguardava...

.                                                                     ***
.     Um pouco antes do entardecer, Clarice se divertia muito com sua amiguinha Martina, não viu o tempo passar, estava tão feliz porque uma nova luz se acendeu em sua pequena mentezinha infantil: "Eu vou ser escritora." Pensava ela a todo instante.
-Tina, você não quer comer alguma coisa? Eu estou morrendo de fome.
-Sim, eu também, mas antes eu quero te contar uma coisa.
-Conta, conta.
.     Clarice agora com os olhinhos castanhos-claro brilhando, não podia se conter. Martina olhou para ela e viu a curiosidade estampada nos olhos da amiga, deu um risinho e continuou:
-Assim, sabe o João? Ele me deu uma flor linda e um beijo.
-Sério?? Mas beijo aonde Tina?
.     Um tanto ríspida, Martina respondeu-lhe como se estivesse falando sobre um crime de Estado:
-Na bochecha né, você sabe que nós não podemos namorar ainda, somos crianças!
-Ai Tina, eu só fiquei curiosa, não precisava ser tão brava!
.     Clarice quase quis esboçar uma carinha de choro, mas antes Martina percebeu e logo se desculpou.
-Desculpa Cacá, eu não quis te magoar.
-Não foi nada sua boba! Vamos lanchar logo.
-Aham!

.                                                                      ***

.     E assim, Clarice continuava sua vidinha infantil, sem preocupações e a cada dia se sentia melhor quanto ao seu futuro. Mesmo sendo naquelas alturas ainda uma criança de cinco anos, ela era muito esperta e até muitas vezes subestimada, até mesmo por seus familiares, que ignoravam o fato de uma criança poder ser tão atenta á fatos de seus cotidianos.
.     Naquela tarde, seu tio Augusto havia prometido de levar Clarice ao clube para ela matar a vontade de tomar banho de piscina.
-Tio, será que eu vou poder ir na piscina grande? Eu estou cansada de ficar naquela coisinha para bebês.
-É claro que pode Clarice, mas somente se você souber nadar.
-Tio, é claro que eu sei nadar! Eu aprendi com a minha amiga Martina, lembra?
-Tudo bem, mas eu vou ficar aqui perto para te cuidar. Caso aconteça alguma coisa, eu ainda posso te salvar. Já pensou? O quê eu diria a sua mãe? Eu não quero nem pensar...
-Calma tio, eu vou ficar bem.
.      Com uma piscadela, Clarice deu um biquinho na piscina, feliz por poder usufruir um pouco de liberdade, mesmo que fosse apenas uma piscina. Aproveitou a tarde toda, até que viu uma coisa que a perturbou muito. Saindo da piscina, foi falar com o tio, que naquele momento estava recostado sobre a grade de proteção conversando com um amigo, e com uma latinha de cerveja na mão.
-Tio, eu não acredito, você está tomando cerveja! O vovô já não lhe disse que não queria mais saber de você bebendo por aí?
-Pare Clarice! Isso aqui não é cerveja, é guaraná.
-Você pensa que eu sou boba é? Eu sei, eu vi essa cerveja aí na propaganda, essa é aquela que desce redondo!
.     Augusto, muito desconfortável com as afirmações da sobrinha, não sabia o que responder. Seu amigo não se conteve e caiu na risada. Augusto mal podia acreditar em que situação aquela menininha de cinco anos o havia metido. O certo é que subestimara a inteligência e atenção daquela pequena pessoa.
-Mentira!
-Ah, é? Então se é guaraná, me dá um gole?
-Não.
-AH! Eu sabia! Viu, isso aí é cerveja sim, lá-ra-la-la-la! E eu vou contar tudo para o vovô!
.     Clarice saiu correndo em direção ao banheiro feminino para trocar de roupas e quase não podia respirar de tanto que ria. Estava imaginando o quanto seu tio estaria preocupado que ela fosse contar tudo ao seu avô. Estava tão distraída que acabou esbarrando em uma senhora. "Me desculpe, senhora." Entrou no vestiário, trocou-se rapidamente e foi ter com seu tio.
-Tio, eu sei que o senhor é um homem de negócios - Riu-se, e deu uma piscada para o tio - se o senhor me der alguma coisa em troca, eu não conto nada para o vovô.
-Está me chantageando é, Clarice?
-O mundo é para os espertos.
.     Augusto não conseguia conceber a audácia daquela criança e começava a se preocupar mais ainda. "Será que essa menina está indo pro mau caminho?" Um longo suspiro para dar-lhe tempo de pensar, e logo depois completou.
-Está bem, me diga o que você quer.
.     Clarice, esboçando um risinho de felicidade e de vitória, disse:
-Eu quero que o senhor me dê aquele jogo de bonecas da Bonecas Maravilha, aquelas da tevê, que tem nenénzinhos que choram, riem e pedem para os trocar de fraldas e dar de mamar.
-Mas meu deus Clarice, estas bonecas são muito caras!
-Eu sei. Mas como o senhor é um homem muito honesto e bondoso, tenho certeza que dará o prazer á sua sobrinha de brincar com essas maravilhas.
.     Até mesmo Clarice espantou-se do quanto havia sido irônica e maldosa. Porém sentiu pena do tio, afinal aquelas bonecas eram realmente muito caras, não faria aquilo com seu tio. Mesmo ele fazendo as coisas erradas era um bom homem e sempre a tratara muito bem.
-Tá legal tio, pode ficar tranquilo, não vou contar nada para o vovô. Você perdeu de ver a sua cara de espanto.
-É sério Clarice? Não está me aplicando de novo, não é?
-Não tio, claro que não. Isso foi só para te dar um susto pra aprender a não desobedecer o seu pai. Mas dá próxima vez eu vou contar, okay?
-Tudo bem Clarice, você venceu. Eu prometo não fazer mais isso.
-Então tá...
.     Augusto aprendera naquele dia que nunca poderia subestimar uma criança de cinco anos, afinal, elas parecem ingênuas, mas são muito espertas. Quase não acreditava no que tinha acontecido, a ponto de ficar a mercê de uma criança. Olhava a sobrinha, que estava alegre e radiante como sempre, cantarolando algo que não sabia o que era, uma língua que não conhecia. "Essas crianças de hoje... Como eu estou ficando ultrapassado!"
.     Clarice estava começando a lidar com o mundo dos adultos e aquilo a impressionava. Não podia imaginar a dimensão daquilo que acabara de fazer, mas sabia que era algo muito importante. Aquilo estava fazendo um prenúncio do que seria quando fosse adulta: uma mulher muito responsável. Mas não deu muita importância, estava pensando numa visita que receberia logo mais, á noite...


#'ll be continue...

quinta-feira, 29 de julho de 2010

#2 lembranças de infância




              
.     Janeiro de 1998. Os dias quentes e as noites secas davam um ar diferente ao ambiente. Clarice lembra de estar brincando de casinha na casa da avó materna. Era noite e Clarice estava com sono.
-Vovó, já vou dormir! bênção.
-Deus te abençoe minha filhinha, durma com os anjos.
.     Dona Elizabeth adorava a visita da netinha, que tanto amava, contava as horas para estar com ela, seu sorriso e sua graciosidade a contagiavam, o que mais gostava era de contar histórias para ela dormir e ficar observando o seu soninho tranquilo, sem preocupações.
.     Interrompendo as divagações da avó, Clarice, num tom um tanto carinhoso, aquele jeitinho com um brilho nos olhos para pedir algo, lhe pede:
-Vovó, a senhora tem um tempinho para contar uma histórinha para mim dormir?
-Mas é claro que a Vovó tem, meu bem.
.     Entusiasmada com a expectativa de ouvir uma boa história, Clarice se ajeita melhor na cama e fica atenta para ouvir o que sua vó tem para contar naquela noite. Dona Elizabeth pode ver nos olhos da neta a expectativa de ouvir as suas histórias.
-Em um reino muito distante, num lugar onde as fadas e os elfos costumavam habitar, existia uma princesa, com o nome de Sophia. Ela passeava pelos jardins do palácio de seu pai como a mais bela e encantadora jovem do reino...
.     No meio da história como sempre, Clarice, que na época estava com cinco anos, adormeceu, e, Elizabeth a arrumou com cuidado, deu-lhe um beijo na face, e acariciando-lhe o rosto pensou o quanto aquela criança trouxe felicidade á ela em um período em que se sentia amargurada, pois havia perdido sua irmã mais velha, e Clarice veio para devolver-lhe a vida. Não podia acreditar que aquele pequeno ser que á sua frente se encontrava pudesse ser um agente de transformação tão grande. Olhou mais uma vez a neta, em seu sono angelical, se afastou, e apagando a luz, retirou-se para seus aposentos.
.     Logo cedo pela manhã Clarice levanta com o aroma delicioso de pão que sua avó preparava. Quase como um raio levantou-se ligeiramente, fez a sua higiene e logo estava sentada e de pernas cruzadas na mesa do café da manhã. O rádio, costumeiramente ligado ao programa mais famoso da cidade onde se passavam todas as notícias da região, anunciava em suas ultimas notícias a chegada de Dom Henrique, que estava de passagem pela região. Seu avô atentamente ouvia e em relances falava sobre ir visitar o tal homem. Pouco interessada nas notícias, Elizabeth preparava o café da manhã e cantarolava uma canção antiga sobre um amor que partiu e que talvez não voltaria...
-Vovó, a senhora já arrumou o meu leite com nescau? Estou com fome vovó.
-Espere só mais um minutinho minha querida, estou me apressando em arrumar o seu café da manhã.
-Está bem. A senhora conhece esse homem famoso que está na cidade vovó?
-Sim filhinha.
.     Elizabeth ainda lembrava quando Henrique, filho de sua prima de segundo grau, brincava em sua casa, e ela lhe preparava doces e guloseimas. Hoje, ele um homem formado, talvez nem se lembrasse dela.
.     Com um longo suspiro Elizabeth continuava seus afazeres, pois ainda queria dar uma passada na feira para comprar algumas verduras e também no mercadinho do Seu José para comprar alguns materiais de limpeza para Jurema, a empregada, fazer o seu serviço. Elizabeth era além de avó, uma mulher bastante ocupada e em seus cabelos grisalhos, e as linhas da face bem marcadas, estavam refletidas todos os anseios, alegrias e preocupações de uma vida. Mesmo com seus 65 anos de idade ainda era muito bem apessoada e uma senhora muito simpática. Seu marido, Otávio era desde as épocas de namoro, um homem muito bonito, simpático e sorridente, dono de uma personalidade invejável e possuía muitas qualidades, nem a idade pôde ofuscar a sua beleza, e ainda compunha versos sobre a cultura de sua terra.
.     Aquele era um dia especial, Elizabeth não saberia dizer o porquê, mas podia sentir que algo bom estava por vir. Aquela tarde prometia...




#'ll be continue.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

#1 Clarice, Clarice




.     Era uma manha fria de outono, o som das águas agitadas do mar, a leve brisa que lhe acariciava o rosto, o grito das gaivotas, faziam Clarice refletir sobre as novas mudanças que ocorreram tão repentinamente em sua vida.
.     Quase não podia acreditar que a pouco menos de dois anos atrás havia feito quinze anos e era ingênua, sem nada saber sobre a vida, insegura e com mágoas guardadas em seu peito, que ainda doíam, e que por muitas vezes a fizeram chorar, uma menina; E agora, estava uma mulher quase formada, depois que ingressou na faculdade, tudo em sua vida mudou, os relacionamentos, os seus próprios comportamentos, enfim, ela estava tornando-se uma pessoa adulta, capaz de tomar as suas próprias decisões sem a ajuda de ninguém.
.     Sempre procurando fazer o possível para ser correta em tudo, Clarice despertava em muitos a sensação de que a verdade é possível, que uma verdade é sempre bem-vinda. Ela nunca deixou de estar com a sua família, amigos, mas principalmente sua mãe. Sua mãe era sua companheira, sua amiga íntima, com quem compartilhava tudo. Dona Maria era uma mulher muito sábia e sempre tinha bons conselhos para oferecer á filha. Maria era o tipo de mulher que sempre se esforçou ao máximo para proporcionar o melhor para o seu marido e filhas, desde que sua filha Clarice era pequena sempre procurou ser sua amiga íntima, e conquistou o coração da filha de maneira muito especial. Victória a filha menor, um pouco mais de quatro anos mais nova que Clarice, desde bebê foi sempre muito agitada, extrovertida e comunicativa, tinha uma personalidade muito diferente de Clarice. Clarice era um pouco mais guardada, quieta, mas não tinha nenhum problema com comunicação; era inteligente e sempre gostou muito de estudar.
.     Clarice estava sempre procurando algo para fazer em suas horas vagas e detestava ser interrompida em seus momentos de reflexão. O que mais ama em fazer na vida é ler, uma das coisas que a motivou a fazer o curso de Jornalismo na Universidade Federal do Estado. Sua vida agora corria muito bem, mas nem sempre foi assim...



#Continua.

domingo, 2 de maio de 2010

The Future



Não sabemos o que o futuro pode nos reservar, isto sabemos. Porém, também sabemos que o nosso futuro, somos nós quem fazemos. De tantas discussões abertas, nas aulas de história, filosofia, sociologia, biologia ... concluímos que o mundo está em constante evolução. Ok. Experiências pessoais podem definir um conceito básico: nunca diga que voce não vai fazer NUNCA uma coisa.
Uma coisa é certa, se você disser isso pode ter certeza que você vai fazê-la, de um jeito ou de outro.
Mas e onde entra a evolução ? Uma coisa digo: eu sou mt careta meesmo, e daí ? Tenho absoluta certeza de que o meu pensamento é mt diferente da grande massa de jovens do mundo de hoje, eu não consigo me imaginar não vinda de outro planeta ou mundo, ou nascendo com 100 anos de atraso. A evolução, mesmo que retrógrada, pode ser um fator de grande evolução. Você vai me perguntar, COMO ? É simples, num mundo de liberdade (mt mal aproveitada, diga-se de passagem) em que vivemos hoje, todas as pessoas estão em uma busca constante e exagerada por pessoas com caráter. Vocês sabem o que é isso ? Não, acho que não sabem. Esse detalhe anda bem raro ultimamente... não que eu queira criticar todo mundo ou coisa assim, mas isso faz a diferença no meu círculo de amizades, e alguns já sabem. Liberdade se conquista, não é dada de bandeja, e, quando mal aproveitada gera um caráter negativo na pessoa, independente de ser rica ou pobre, branca ou negra, homem ou mulher, etc. a evolução se dá por nossas ações, não por nossas palavras.
A evolução na verdade hoje em dia é o de ser retrô, porque não se fabricam mais pessoas como antes. Ou você acha que um empresário vai querer como seu funcionário uma pessoa debochada, sem respeito, que não faz as suas tarefas completamente, que é irresponsável, que falta ao serviço. A escola é um bom exemplo no que você vai ser no futuro. As suas atitudes nela serão o espelho do seu futuro. E não engane-se a si mesmo. Sempre tem alguém observando tudo, e você nunca vai conseguir manter a aparência para sempre. Eu disse nunca. A responsabilidade, o prezar pelo correto, deve ser uma coisa que você faz não por obrigação, mas sim por diginidade, caráter. E não é só porque não tem ninguém olhando que você vai deixar de fazer as coisas certas. Porque é sempre assim né ? parece instinto, é só não ter ninguém vendo que temos a gana de fazer alguma coisa errada, talvez seja um dos piores defeitos do ser humano, junto com a arrogância, mentira, ódio, ganância, corrupção, e mt outras coisas piores.
Já ouviu aquela música que diz assim: " o nerd de hoje é o cara rico de amanhã... " ? O que é ser nerd ? nerd é apenas um cidadão como todos os outros, mas com um detalhe: ele leva a sério tudo o que faz, se empenha, e não precisa ser um Einstein da vida pra ser nerd. Esse seria um bom exemplo do que estou tentando passar pra vocês. 99,999999... % das pessoas te julgam e te taxam (geralmente de careta, quadrado, imbecil, que não sabe o que é bom na vida ...)apenas por que você não quer fazer uma coisa que todos consideram "normal", por exemplo, experimentar drogas, beber pra caramba, se prostituir (que é o que realmente acontece, mas só porque é "modinha" transar com todo mundo, pegar DTS's, uma verdadeira putaria, coisa de ralé, de zona mesmo.) sei que vou receber fortes críticas de adeptos dessas "modinhas", por causa dessas palavras, e sinceramente, perdoem-me, só estou colocando a minha maneira de pensar.
Como eu ia dizendo... caráter vai de cada um. Você pode receber uma bela educação dos seus pais, estudar nas melhores e mais tradicionais escolas, mas a verdade é que quase sempre entra num ouvido e sai pelo outro. Ninguém gosta de limites, de regras, ou coisa parecida. Ta aí outro defeito do ser humano. Mas também não estou dizendo que você não pode sair, se divertir, namorar, etc. por favor, não me entenda mal. Estou apenas dizendo que "tudo me é lícito, mas nem tudo me convém." Quem tem que saber da sua vida é você, não eu.
Só que tem um detalhe: Tudo que voce plantar, um dia você vai colher. É a lei da semeadura, e outro detalhe: a colheita sempre vem maior do que o plantio. Você pode colher 30, 60 quem sabe até 100 por 1 semente. Isso é a vida, somente temos, quando sabemos como aproveitar, porque você pode ter lá na sua despensa um saco cheio de sementes, mas se você não plantar, você nunca vai colher, elas vão ficar lá apodrecendo. E pior, não espere colher morango se você plantou nabo. Você pode pensar que eu estou errada, claro, a mente é sua. Só que isso eu não aprendi na teoria, eu aprendi na prática. Saiba somente de uma coisa, o seu futuro é você quem faz. E outra, não se importe com o que os outros pensem de ti, importe-se apenas com o que você sabe que é, e o que quer para o seu futuro. Críticas sempre virão, e de todos os lados, e de onde você nem imagina.
Acredite, as vezes quem deveria te apoiar é o que mais te critica e te prejudica. E é nesses momentos você tem que buscar em si mesmo algo que possa te dar força para superar os obstáculos que sempre aparecerão á sua frente. O que você tem a fazer, é estabelecer um compromisso contigo, e atentar para os detalhes da vida, porque eles fazem uma diferença !
E, para terminar gostaria de deixar um trecho de música que gosto muito de ouvir, e que falou muito forte comigo. A tradução do título da música é: Para aqueles que esperam (For Those Who Wait). da Banda Fireflight (EUA):

"A pressão nos deixar mais fortes, a batalha nos deixa mais famintos, as duras lições fazem a diferença e é essa diferença que faz valer a pena."

Nunca se esqueça: " a diferença é totalmente normal".
ótima semana para todos, bjks,
aaah, e desculpe pelo texto mega tenso, ops, extenso :D
Eloane.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Pensamentos ...


Fiquei um pouco pensativa depois que abri o inbox do meu formspring, e claro, havia muitas perguntas lá mas a que mais me chamou a atenção foi a seguinte : Se acha louca ? Respondi e tal, mas a minha resposta não foi totalmente a resposta que minha mente me diz. Fiquei o resto da noite pensando, e não sabia o porque daquela pergunta me incomodar tanto. Qual é o padrão de loucura no mundo atual ? Hoje não tá todo mundo por aí, depressivo, estressado, doente mental, TUDO que é tipo de coisa, ou por causa do trabalho, ou por causa da família, amigos, relacionamentos, "n" coisas que simplesmente acabam com o teu dia. Conversando com os meus avós, e irmãos deles (muito importante troca de culturas :D kkk), eles me disseram que quando eram de nossa idade, ninguém vivia estressado, NUNCA iam ao hospital ,a menos que tivessem sido abertos ao meio :O , não tinha Gripe A, nem dengue, ninguém morria de contaminação dos alimentos/água. Não sei exatamente o que está acontecendo, será o Fim dos tempos ? as vezes fico com medo de 2012 sabe O.O' tipo, cara, o negócio tá ficando tão feio, que juro que não sei mais de nada. Aqui em Ijuí com a provável "epidemia" de dengue estão quase todo dia passando veneno (antes NUNCA NUNCA fizeram isso) e ainda mandam voce abrir a casa para entrar o veneno dentro, sabe o que descobriram ? que o veneno baixa a imunidade das pessoas (mas claro, ninguém comenta sobre isso, por quê ?). Está chegando o inverno, e com ele a Gripe A que dizem ser mais forte do que ano passado, claro, as pessoas que são fisicamente mais frágeis, é óbvio, vão morrer; Pensamentos... pensamentos... Vocês não acham que tem alguma coisa acontecendo por debaixo dos panos ?
Tudo está sendo preparado, não tenho certeza para quê. Maaaas, enquanto as respostas não vem... Afinal o mundo é movido pelas perguntas e não pelas respostas. Voltando para a pergunta; sinceramente, eu me acho muito louca, não com conotação mental, mas, no sentido: sem medo de arriscar. As vezes precisamos ser loucos para sermos sábios, Albert Einstein tinha cara de quê ? É disso que estou falando. É muito prazeroso quando uma pessoa acha que você não é nada, que não passa de uma louca, e depois descobre o que você é de verdade. SUPREENDA, seja quem você nunca foi, viva um novo dia, a monotonice pode te matar sabia ? Descubra novos rumos, pois, sempre existem coisas novas para se fazer e aprender. Saia da acomodação ! Viva todos os dias diferentemente um do outro, agradeça pois você é perfeito, não lhe falta nada, comida, roupas, nada. Já teve a experiência de passar fome? Ou ter de ficar de muletas ou cadeira de rodas ? Eu tive, e fico feliz todos os dias por levantar e saber que ainda posso caminhar e ser 'independente', de não precisar que ninguém me dê comida na boca, ou me dê banho, etc. Devemos aprender a ficarmos CONTENTES em todos os momentos. E dar valor as mínimas coisas de nossas vidas.

Temos tudo !

segunda-feira, 15 de março de 2010

Esquisito ?


As vezes, precisamos CRESCER, não só em estatura, mas em experiência. Seguir nossos passos, porque não seremos crianças para o resto de nossas vidas. AGIRMOS como gente grande, não só para questões sentimentais, mas para a VIDA. Quantas vezes você ja parou para olhar o nosso céu maravilhoso ao fim da tarde ? Ou, quantas vezes parou pra ver a linda e perfeita natureza nos rodeando ? Ao longo de nossa vidinha, procuramos sempre nos acomodarmos, olhando pro nosso próprio umbigo e nem percebendo o que está acontecendo ao nosso redor. Estamos sempre preocupados com o que vamos vestir, em que festa iremos, com quem ficaremos, que tipo de comida vamos ingerir... mil e uma coisas, que na maioria das vezes são futilidades que nos fazem perder nosso precioso tempo. Não damos valor para as coisas belas da vida, nunca paramos para pensar no quanto poderiamos aprender, além da nossa bitolada mente. Por mais que achamos que somos superiores, melhores, que somos os que tem a razão, NUNCA, eu disse NUNCA, iremos ser maiores do que os outros,- os mais velhos, os mais novos -;
Sempre temos de evoluir, ter a mente aberta, não para besteiras, mas para compreendermos um mundo ao nosso redor. A nossa vida vai muito além do que somos enquanto vivemos, e nós temos conhecimento do que é certo e do que é errado. Quem é correto, faça tudo mais corretamente. Quem faz tudo ardilosamente, faça-o pior ainda. Afinal, o Fim justifica os meios.