quarta-feira, 26 de outubro de 2011

#10 Chegando de sopete


7:30a.m: O coração dispara. Clarice não enxerga mais nada. A cada passo que dá em direção à sala de aula começa o velho turbilhão de perguntas: Será que vão me aceitar? Será que tudo vai correr bem? E se eu não corresponder as expectativas?
7:32a.m.: Clarice senta na classe mais afastada, no fundo da sala. A professora a questiona de onde veio, quantos anos, se gosta da matéria dela... etc. Clarice só responde "sim", "não", "talvez". O que na verdade não sai de sua mente é o sonho que ela teve na noite anterior: 
"O velhinho, novamente veio falar com ela. E entre apavorada e feliz, sentiu que mais uma orientação estava a caminho: 'Clarice, a partir de agora começa uma nova etapa da tua vida. Não te detenhas em guardar sentimentos egoístas e invejosos no teu coração, porque o lugar para onde vais é um antro de pessoas más.'" E isso não lhe saía da mente.
7:56a.m.: A bem da verdade é que ela não tinha a menor noção do que a professora falava: "Para onde vais é um antro de pessoas más". Observava cada colega e analisava os possíveis desafetos, mas só a convivência iria mostrar quem era o quê.  



#Continua

Um comentário:

  1. É...e daí vamos com o resto...o que aconteceu neste lugar com Clarice....parece que tem muito chão para ecrever....
    Bj: M.

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