terça-feira, 11 de setembro de 2012

#16 Uma visita à casa da tia Alden


     Naqueles dias, D. Maria reencontrou uma prima que não via há muito tempo. Quando crianças, elas eram muito amigas e se trocaram cartas até a adolescência, porém, uma se mudou e perdeu o endereço da outra e não se falaram mais.
     Por acaso, encontraram-se no mercado, e o papo foi dos grandes. Temendo pelo horário, as duas trocaram contatos e D. Maria ficou na obrigação de visitar Alden. Disse à prima que levaria sua filha Clarice para conhecê-la. E foi o que fez.
     Na semana seguinte, lá estavam as duas à frente daquele enorme casarão em estilo inglês, um pouco afastado da cidade, bem conservado quando comparado a sua idade. Tocou-se a campainha. O que se pode ouvir foram passos lentos, que se dirigiam à porta. Alden, sorridente, fez as honras da casa e as convidou para entrar. Clarice, logo de cara, ficou fascinada com aquele lugar que nunca tinha visto, mas que parecia ser muito familiar. Estranho.
     Depois de horas de conversas, risadas, lembranças, Alden, agora muito mais à vontade com as duas, começou a contar sobre suas experiências com livros não divulgados em larga escala.
     Levou-as até a biblioteca e mostrou alguns exemplares exclusivos. Os olhos de Clarice brilharam quando viu O Livro, igualzinho ao seu. Aí foi uma chuva de perguntas, que Alden procurou responder da melhor forma possível. Por ser mais experiente do que Maria (embora Maria tenha explicado para a menina, meio por cima), Alden explicou as facetas pormenorizadas de todas as coisas para Clarice; falou sobre tudo: história, integrantes, poderes...  disse também que só os integrantes da Ordem possuiam aquele livro. Destacou que os homens que a haviam seguido aquela vez no mosteiro eram da Charna, uma irmandade totalmente oposta à Lumiére, e que estão em guerra permanente desde os primórdios da humanidade. Entretanto, os Charna nunca obtiveram nenhuma vitória efetiva. Por isso da raiva excessiva. 
     Clarice, com aquele ar de "agora tudo faz sentido" ficou pensativa; precisava digerir todas aquelas informações. E sabia que visitaria mais frequentemente a casa da "tia" Alden.




#Continua.


      

Um comentário:

  1. Saber e ler postagens tuas trouxe-me um orgulho, sabe, aquele orgulho que mãe sente de um filho nota dez. É isso. Já a admirava, agora mais ainda. Parabéns e não deixe de alimentá-lo com textos fantásticos que escreves. Tua profe, com orgulho, Sagave!!!!!!!

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